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sábado, 24 de março de 2012

Olho o poema (Teresinka Pereira*)

Como destravar o poema olho-poema, poemolho?
Francisco Miguel de Moura




Olho o que temo
iluminando o meu desatino:
um poema transformado
na mão que oferece
no rosto que aparece
no jovem que se foi...


sexta-feira, 23 de março de 2012

Palavras (mal) ditas (Tânia Du Bois)




Um mundo pontuado por informações instantâneas me faz pensar na articulação intelectual e oratória, e me remete ao valor da palavra (mal)dita das histórias narradas pela televisão. Pulando os canais de TV entre um jornal e outro, ouço descrições absurdas, como nessas frases: “Morreu o maior escritor português vivo”; “... vai ajudar a divulgação internacional, lá fora”; “Movimentos, balanços movimentados”; “Os médicos interessados devem ter registro médico”; “A bola saiu para fora”; “A notícia saiu no jornal local daqui”.