(Ariadne e Bacco, do pintor neoclássico Antoine-Jean Gros)
Assim o ciclo remissivo das estações
traz à primavera a esperança em flor.
*
Marta, preciso é o tempo a recobrar sua lição.
Assim a complacência dos gestos e sua missiva.
Circunscrito no horizonte da palavra
o amor é mais que uma definição.
*
Marta, assim principia o amor:
Inelutável como a aurora,
a luz do Criador.
*
Semeiam as vagas a inconstância e o porvir.
Pranteiam as flores o efêmero jardim.
Porém, com vagos e remotos sonhos,
celebram, os insanos, a glória de serem humanos.
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*Hilton Valeriano. Professor de filosofia na Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo. Editor do blog Poesia Diversa (www.poesiadiversidade.blogspot.com), com poemas publicados em revistas como Zunái, Germina, Sibila, Jornal de Poesia, Diversos-afins.
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