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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Nilto Maciel (Martha Tavares Pezzini)


Há uns três dias recebi o livro Contos Reunidos – Volume II, do Nilto Maciel.

Nilto foi um dos primeiros escritores que fizeram contato com o meu blog e foi um grande prazer conhecer a pessoa e o escritor.

O livro Contos Reunidos - Volume II tem narrativas encantadas que me reportaram para minha infância em São Pedro dos Ferros e para o fundo do meu quintal. Ah! Lembrar mangas maduras amassadas e podres no chão, geralmente barroso, na época das mangas e de muita chuva! Fez-me sentir o cheiro e reviver aqueles momentos. E a aventura de vencer o primeiro obstáculo, primeiro galho, na subida ao pé de manga, chegando onde somente os meninos maiores conseguiam? E daí, desencadeando as lembranças, foram surgindo mil outros detalhes da cena!

Lendo "A menina dos Olhos", me parecia estar naquele grupinho. Ternura na medida certa!

Estou apenas no começo da leitura, mas, conhecendo o talento e a criatividade do Nilto, sei que me aguardam histórias que vão do leve e até mesmo lírico, aos temas realísticos que nos rodeiam, sempre guiadas pela profunda sensibilidade e riqueza verbal do autor.

Grande abraço ao amigo e grande mestre, Martha.

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Publicado em ""Sobre Livros e Autores", marthatavaresspf.blogspot.com, em 14/4/2012.

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Dos Contos reais à gloriosa Cantata bruta (W. J. Solha)


Já Drummond dizia, ante as notícias de Stalingrado, na Segunda Grande Guerra, que a poesia não conseguia, mais, superar nem igualar a realidade trazida pelos jornais. Quem foi ao concerto, no último fim de semana, no Cine Banguê, passou por minha tela Picasso está muerto, na mostra instalada no saguão do cinema, fruto direto dessa verdade: transformei, ali, as cenas cubistas de violência do Guernica em representações fotorrealistas enquadradas pela CNN, Globo News, etc, como transmissões ao vivo (de crimes públicos), procurando mostrar como se tornaram lentos os protestos pictóricos como o do gênio espanhol, agora– como divulgação do horror – obsoletos.