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sábado, 12 de maio de 2012

Nave (Silmar Bohrer)




rastilho no espaço
linha reta
efêmera
fumacinha
ao deus-dará
dos céus


nave
bebendo léguas
distâncias
longes pra dedéus


segue

buscando
rumos
certos
incertos
portos desconhecidos


vai
viajante
veloz

(n)ave

vai

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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Obra (Pedro Du Bois)




Prefácio: apresento
            a obra
            digo
            da delicadeza
            da palavra
            escrita
a obra: fechada em si
           lamenta a entonação
           cortante nos desvios
           sobrepostos ao texto
glossário: alego insanidade
              em sorrisos e nada explico
              além dos signos traduzidos.


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