(James Joyce)
Em literatura (e nas demais artes) há os imitadores. Não sabem (não conseguem) ir além dos modelos. Há também os que nem isso conseguem, mas insistem nessa labuta de sísifo. Alguns deles estão em jornais e revistas, academias, catálogos de editoras, nos festins, nas congratulações. Arremedam os descobridores, os inventores e os próprios copiadores. Não vão além dos modelos, dos moldes. São conformados. Aceitam tudo como destino. Reverenciam, sorridentes, a seleção natural, a evolução das espécies, a reprodução. Se são cachorros, nunca se veem gatos. Ou não se sentem aves. Apenas latem.