(Moulin de la Galette, Toulouse-Lautrec)
No Ceará (e no resto do Brasil) surgiu um enxame de escritores neste começo de século XXI. E isto é excelente. Para os donos das gráficas, sobretudo. Aparecem todo dia poetas, contistas, cronistas, romancistas de todos os tipos. Recebo livros deles a cada tarde. Muitos se acreditam homens de letras, simplesmente porque aprontaram um livro, saíram vencedores em concurso, tiveram obra aprovada em edital e, munidos de uns reais, a publicaram. Quase todos desconhecem as normas gramaticais. Acham-nas estapafúrdias, obsoletas, dispensáveis. E, mesmo com o revisor gramatical à disposição de leigos e doutores, em qualquer computador, ainda assim só conseguem garatujar anotações como macacos amestrados. Zombam de quem os critica: “Não existe erro. Tudo está certo. São as peculiaridades de cada um”.