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terça-feira, 29 de maio de 2012

Memória (Pedro Du Bois)




Pelo vão da porta
insiro a memória
cobro pela entrega
o gesto
desprendido do envelope
sob a porta
envelopo a série
e na espera tenho
a sequência mnemônica
dos atrasos
a companhia alarma a casa
e sobre o assoalho
repousa a prova na memória
avivada dos extremos.

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Pleonástico (Inocêncio de Melo Filho)



Vou me guardar em mim
Pois já sei o que é sofrer
Serei minha própria companhia
Até o tempo se esgotar fora de mim.

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