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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Alguns metros de sangue e pó* (Marco Aqueiva)




Nessas ocasiões o asfalto às vezes reclama
um asfalto tocado por um sangue rasteiro
pesa até o erro na moça de olhos vermelhos
deslizando pela avenida o corpo estendido

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Casinha (Carlos Nóbrega)




Casinha espremida entre os grandes prédios,
lhe falta até a obrigação de ter um número.
Tão inocente!
Tão inocente a avozinha da rua ...
E ao meu olhar
os edifícios, em colossal solidão,
suplicam a ela a todo instante
uma esmolinha de humanidade.

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