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terça-feira, 31 de julho de 2012

Prenúncio de agosto (Clauder Arcanjo)

“Porque você há de ter notado que os olhos
aprendem imagens, mas ensinam palavras.”
(Paulo Mendes Campos)




Os olhos de julho não apreendem agosto
Agosto precisa de imagens e presságios
Imperioso, agosto palavreia ritos e mitos
Sugestivo, ordena recônditas assombrações
Medos, espectros, fantasmas de nós mesmos.


Os olhos de julho só aprenderão com agosto
Quando desgosto for palavra de gosto de julho.


Mossoró-RN, 30/07/2012

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A poesia de Aíla Sampaio (Dimas Macedo)



A vida nunca se faz plena como se um passe de mágica estivesse por trás das aparências. A eternidade não depende do tempo, mas do desejo com que buscamos possuir a plenitude das coisas. Existir não é o mesmo que viver, assim como escrever é possuir o indizível da língua, e traduzir também o seu mistério, em face da sua transcendência.