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sábado, 25 de agosto de 2012

Cabrita e o futuro da lusofonia* (Adelto Gonçalves**)




                                                           I
            A África não dorme. Vive em eterna vigília. Essa é a metáfora que explica A maldição de Ondina, do português-moçambicano António Cabrita (1959), livro que tem tudo para empolgar o leitor brasileiro não só por suas qualidades literárias como pelas marcas de várias culturas afins ao Brasil que impregnam suas páginas. Como toda boa metáfora, o título A maldição de Ondina tem duplo sentido. Ou seja, explica o fenômeno que faz parte da natureza intrínseca dos golfinhos, mamíferos que não podem dormir jamais, já que, para sobreviver, necessitam vir à tona de cinco em cinco minutos para respirar. E, portanto, não podem esquecer a condição em que vivem, sob o risco de desaparecerem.
           

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Nilto Maciel (Franklin Jorge)



Não sei o que mais aprecio em Nilto Maciel, se o cronista se o divulgador cultural, embora ele seja também um crítico, um entrevistador, um ficcionista, enfim, um inconformista e um criador incontentável. Autor de um texto magnético, de um humor refinado e perpassado de nonsense. Uma presença ativa na cultura contemporânea, desde a sua querência, o Ceará, após viver anos em Brasília.