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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

No mar (Silmar Bohrer)















No mar:

As águas, uma canção
embalando meu versejar.
O arrebol, pura alumbração.
É manhãzinha no mar.


Em terra: 

Amanheceu a domingueira
com os doces alaridos,
os joões-de-barro queridos
em cantoria faceira.

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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Você pode (W. J. Solha)




          Quando trabalhava na agência do Banco do Brasil em Pombal, vi um colega – Roberto Peixoto de Mello – hipnotizar um garoto, fazê-lo enrijecer-se em pé, depois incliná-lo, carregá-lo no que o horizontalizava, deitá-lo com os calcanhares apoiados no encosto de uma cadeira, a nuca no espaldar de outra, depois colocar-lhe um peso no estômago, sem que o menino mostrasse qualquer reação, petrificado.
          Aquilo me mostrou o quanto a Humanidade ainda pode alcançar.