(Airton Monte por Raymundo Netto)
Nosso
cronista Airton Monte tem sido tratado com bastante reverência,
seriedade e pompa, advindas, claro, de sua cruel doença e lamentável
morte. Aliás, como toda morte deve ser, sim, tratada. Mas me pego
imaginando ele presente em seu velório, solenidade de cremação, missa de
Sétimo Dia, escondido por trás de todos, rindo de toda aquela
solenidade, com o traquino riso fácil que era muito dele: do escárnio de
quem ria de tudo, de quem “gozava” do mundo, de quem “mangava” de
todos.