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terça-feira, 30 de outubro de 2012

A força do silêncio de Mariel Reis (Daniel Osiecki)




O ato de escrever é solitário e silencioso. O ato da leitura também exige silêncio. A complexa prática da leitura exige um silêncio externo, mas internamente, quanto mais inquietos permanecermos durante a leitura, melhor. Esse silêncio metafísico oprime o verdadeiro leitor, mas não é uma má opressão, antes uma opressão que leva à reflexão, e é isso que importa. Portanto, não basta haver silêncio pura e simplesmente, mas um silêncio rangente e intimista. Elementos que não se aplicam apenas à literatura, mas (principalmente) à vida.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Franchetti: o poeta e suas influências (Adelto Gonçalves*)




                                                           I

            Professor titular de Literatura da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e autor de estudos críticos sobre a poesia brasileira, o romance oitocentista em português e o exotismo, com destaque para os ensaios sobre Camilo Pessanha (1867-1926), Paulo Franchetti vem construindo também, ao longo dos últimos anos, uma trajetória poética de respeito, marcada por uma cosmovisão que se tem mantido coerente, baseada na cultura clássica, mas saudavelmente contaminada pelo bom gosto de alguns nomes representativos da poesia brasileira do século XX.