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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

12-12-12 (Teresinka Pereira)










O segredo ascendeu
e foi descoberto,
desvendado.
E nós continuamos
vivendo, apesar
das agourentas
predições
do Apocalipse,
do Calendário Maia
e apesar da ambição
dos jogadores da bolsa
de Wall $treet.
E porque ainda estamos
vivos e fazendo as compras
para as festas, vamos ter
que pagar as contas
que pusermos nos cartões
de crédito.

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Enquanto o muçambê delira a meus olhos* (Webston Moura)



É estio de safra larga: só os insetos
enfloram coragens em horas desistidas
                                                       de nós.
Ao largo, o branco e a luz sobre pedras e
vidas (o verde fugiu em vôos silenciosos).

Ontem, sem mais cafés, ousou-me
uma visagem, rara fêmea azulada
qual disco voador entre miguéis e gabriéis.

Estarei louco? Ou junho descoube de sempre
de seus milharais?

Conto os dias ― Ave Maria! ― e passo as noites
Cheia de Graça! ― em que nada se me pousa
sem me ferir de ternura ou ferrugem nesta profunda
solidão.
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* Poema publicado na Revista do Instituto Cultural do Oeste Potiguar - Icop, nº 16, setembro/2012.
- Webston Moura é poeta e mantém o blog Arcanos Grávidos
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