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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Uma descida ao inferno da loucura (Adelto Gonçalves*)





I
            
Se como diz a filosofia popular, de médico e louco todos têm um pouco, a um médico louco não há o que acrescentar. Foi a esse personagem insólito que o médico e neurocientista Edson Amâncio recorreu para empreender a sua terceira incursão no romance com Diário de um Médico Louco (Taubaté, LetraSelvagem, 2012). Com um tanto de autobiográfico – que fica claro quando se sabe que o autor realizou nos anos 80 uma viagem a São Petersburgo e Moscou, ainda à época do comunismo –, este relato é um diálogo que Amâncio faz não com a literatura médica a que teve acesso como profissional da área de Saúde, mas como autores que marcaram a sua vida de ficcionista, especialmente Fiodor Dostoievski (1880-1880), a quem estudou em profundidade, até porque atraído pelas ligações que pode haver entre genialidade e esquizofrenia ou até mesmo com o desequilíbrio mental.
            

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cordel de algodão e sal (Nilto Maciel)




 Diante de mim, três livros editados recentemente no Nordeste do Brasil. A eles me apegarei nesta crônica quase resenha, neste misto de algodão e sal, tudo branco. Ou preto no branco: letras impressas em papel claro. Além dessa circunstância, não conheço nenhum dos três aedos. Nunca os vi, nunca os li. Minto, já examinei um compêndio de Paulo de Tarso. Os impressos são estes: Poemas cuaze sobre poezias (Teresina, PI: Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, 2011), de Cleyson Gomes; Algodão e sal (Mossoró, RN: Sarau das Letras, 2012), de Antonio Francisco e Maria Maria Gomes; e Misto Códice/ Códice Mestizo (Mossoró, RN: Sarau das Letras / Salamanca, Espanha: Trilce Ediciones, 2012), de Paulo de Tarso Correia de Melo, tradução de Alfredo Pérez Alencart.