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terça-feira, 9 de abril de 2013

Paciência e bom senso (Nilto Maciel)



                                                   (Lucius Annaeus Seneca)


Encontra-se nos anais dos fóruns e dos parlamentos (desde a Roma Antiga, ou antes) esta lição: qualquer autoridade, tribuno ou pessoa do povo é capaz de incriminar (acusar de crime, delito, conduta amoral, etc.) outro cidadão, mesmo o mais fiel cumpridor das leis ou o mais probo indivíduo. Haverá sempre um deslize ou pequeno erro cometido, um defeito moral a se averiguar. Não se trata do mil vezes repetido “errare humanum est” (de frase atribuída a Sêneca). Ninguém pode se dizer livre de ter violado a lei penal, pois quase todo ato humano pode ser tipificado como crime. Vejamos o estupro. Basta a mulher (esposa, amante, namorada) denunciar o companheiro pela prática, não consentida, de coito, com ela, ou mesmo de ato libidinoso diverso da conjunção carnal. E, se não se quiser falar em infração, fale-se em pecado. Se não, em simples desvio de conduta, ato imoral, omissão, etc. Quem não furtou um naco de farinha na feira? Quem não cometeu calúnia, difamação, injúria? Fulano é um pervertido; sicrana é uma devassa. E hoje, quando tudo é proibido, quem não praticou racismo? (“Esse negro não difere em nada de um macaco”). Quem consegue se livrar da homofobia? (“Esse sujeito merece uma surra”). E o que dizer da tão combatida pedofilia? Quem não murmurou, a morder a língua: “Meu Deus, por que me deste olhos e desejo?” Detesto hipocrisia.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Revista Germina Literatura



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