Translate
quarta-feira, 10 de abril de 2013
terça-feira, 9 de abril de 2013
Paciência e bom senso (Nilto Maciel)
(Lucius Annaeus Seneca)
Encontra-se
nos anais dos fóruns e dos parlamentos (desde a Roma Antiga, ou antes) esta
lição: qualquer autoridade, tribuno ou pessoa do povo é capaz de incriminar
(acusar de crime, delito, conduta amoral, etc.) outro cidadão, mesmo o mais fiel
cumpridor das leis ou o mais probo indivíduo. Haverá sempre um deslize ou
pequeno erro cometido, um defeito moral a se averiguar. Não se trata do mil
vezes repetido “errare humanum est” (de
frase atribuída a Sêneca). Ninguém pode se dizer livre de ter violado a lei
penal, pois quase todo ato humano pode ser tipificado como crime. Vejamos o
estupro. Basta a mulher (esposa, amante, namorada) denunciar o companheiro pela
prática, não consentida, de coito, com ela, ou mesmo de ato libidinoso diverso da
conjunção carnal. E, se não se quiser falar em infração, fale-se em pecado. Se
não, em simples desvio de conduta, ato imoral, omissão, etc. Quem não furtou um
naco de farinha na feira? Quem não cometeu calúnia, difamação, injúria? Fulano
é um pervertido; sicrana é uma devassa. E hoje, quando tudo é proibido, quem
não praticou racismo? (“Esse negro não difere em nada de um macaco”). Quem consegue
se livrar da homofobia? (“Esse sujeito merece uma surra”). E o que dizer da tão
combatida pedofilia? Quem não murmurou, a morder a língua: “Meu Deus, por que
me deste olhos e desejo?” Detesto hipocrisia.
Assinar:
Postagens (Atom)
TODOS OS POSTS
Poemas
(615)
Contos
(443)
Crônicas
(421)
Artigos
(371)
Resenhas
(186)
Comentários curtos
(81)
Variedades
(59)
Ensaios
(47)
Divulgações
(26)
Entrevistas
(24)
Depoimentos
(15)
Cartas
(12)
Minicontos
(12)
Prefácios
(9)
Prosa poética
(7)
Aforismos
(6)
Enquete
(6)
Diário
(5)
Epigramas
(4)
Biografias
(2)
Memórias
(2)
Reportagem
(2)
Aviso
(1)
Cordel
(1)
Diálogos
(1)
Nota
(1)
TEXTOS EM HOMENAGEM AO ESCRITOR NILTO MACIEL
(1)
Vídeos
(1)
Áudios
(1)