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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Testemunho (Pedro Du Bois)




 











Sou testemunha circunstancial:
não guardo mágoas
não transbordo
viajo em barco atracado
no cais da eternidade
(traduzo: espaço perdido
 no tempo confundido em lastro).

Avisto a terra conhecida e do alto
do mastro aviso aos navegantes:
terra entrevista
              terra até a vista.

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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sobre “Como me tornei imortal” (Badida Campos)



Nilto amigo: adorei o livro! 
Que pena senti de você não ter tido a "ousadia" de levar seus originais para a aprovação de Paizinho. Tenho certeza de que seria imediata. (No seu sonho, meu pai conversando com Tchecov!! Maravilha!!) Fiquei saudosa quando li que Pedro Salgueiro planejou uma reunião no bosque da Faculdade de Letras e minha mãe e irmã Natércia compareceram. Ri com o Hermes "brasiliano" ter lhe alcançado de chinelos e calção. E o final, delicioso: "Eu continuei mortal." Braga Montenegro, Francisco Carvalho, Adriano Espínola (meu primo, filho de tia Dulce e de Hildebrando Espínola - um dos homens mais inteligentes que conheci), Carlos d'Alge (foi meu chefe na Reitoria), Milton Dias (com o seu francês impecável), Caetano Ximenes, todos amigos íntimos de paizinho. O poeta F. Carvalho dizia sempre uma frase que eu adorava: “Minha irmã, sinto falta de namorados à tua janela." Belo o seu implícito agradecimento ao amigo Batista: "E logo o recinto se foi enchendo de estudantes... e os aplausos ressoaram fortes, vibrantes."  Gostei de Gilmar de Carvalho por ele gostar de meu pai. Bela e comovente a sua crônica sobre paizinho!! Lindo quando você diz (a mais pura verdade): "Outra grande virtude dele era a modéstia." Amei você dizer que Carlos Emílio, logo no primeiro dia, percebeu a sua indigência intelectual. Só vai rindo!!!Outra crônica que me fez rir muito: "Felipe Barroso e a Memória". "Revelou o nome do seu próximo documentário: "Subversivos". Interessado no assunto, pus-me a mentir." KKKK...Dimas Carvalho - genial:"ser que nasceu bem antes do princípio." Adoro seus excessos! "Pus-me a ler (o livro de Soares Feitosa) e me fui fascinando. Sentei-me para não desmaiar." Verdadeiro pesadelo: o dilúvio molhando seus livros e os de Tércia e depois o avião dando susto na volta para a terrinha. E o final precioso: "Acorda, Niltão..." Você quando fala das amigas, tem sempre um jeito doce e misterioso. Elas são quase inacessíveis, como Carmélia Aragão. Castelo de areia. Ainda rindo: "... além do haxixe e outras plantas medicinais".
Parabéns, amigo. Parabéns de verdade. Abraço muito carinhoso. Badida

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