“Certas pessoas, raríssimas, parecem acima da condição humana. Nelson Mandela foi um desses seres inexplicáveis. Passar na prisão 27 anos, com a consciência de que só lhe acontecia assim por defender uma das mais grandiosas causas universais, e emergir desse massacre sem ressentimento, com propósitos e atos de quem fosse servido por 27 anos com o melhor da vida – isso excede o humano. O animal homem não é assim.” (...) (Jânio de Freitas)
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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Mandela (Emanuel Medeiros Vieira)
“Certas pessoas, raríssimas, parecem acima da condição humana. Nelson Mandela foi um desses seres inexplicáveis. Passar na prisão 27 anos, com a consciência de que só lhe acontecia assim por defender uma das mais grandiosas causas universais, e emergir desse massacre sem ressentimento, com propósitos e atos de quem fosse servido por 27 anos com o melhor da vida – isso excede o humano. O animal homem não é assim.” (...) (Jânio de Freitas)
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Joia rara (Caio Porfírio Carneiro)
– Dê-me
a vareta e pode ir embora. Não precisa ficar me atrapalhando. Vou percorrer
essa beira do riacho, todo o trecho em que estivemos aqui. Você é tonta mesmo.
Lhe dei um presente raro, tradição da minha família, e você nem deu bola. Meteu
no bolso do vestido e nem um beijo ganhei de presente. Perdeu e, ainda por
cima, pôs a culpa em mim. Eu o quê? Rasguei o seu vestido? Queria mais do que
um beijo? Vá embora, para eu poder procurar em paz. Não fique me aporrinhando.
Se eu achar aviso. Vá com Deus. Desapareça. Tchau.
Ela se foi irritada, falando pelos cotovelos, e eu fiquei procurando a joia rara, nervoso e buscando manter a calma. Risquei o chão com a vareta, ao longo do pequeno riacho que corria entre as pedras. Fui e voltei inúmeras vezes, pisando com cuidado. Cansado, sentei-me numa das pedras do riacho, respirando fundo. E não me conformava: "Meu Deus! Por que fui dar objeto de família tão raro para ela? Pensei que, com esse presente, ela... pois... é... cedesse. Vamos lá."
Ela se foi irritada, falando pelos cotovelos, e eu fiquei procurando a joia rara, nervoso e buscando manter a calma. Risquei o chão com a vareta, ao longo do pequeno riacho que corria entre as pedras. Fui e voltei inúmeras vezes, pisando com cuidado. Cansado, sentei-me numa das pedras do riacho, respirando fundo. E não me conformava: "Meu Deus! Por que fui dar objeto de família tão raro para ela? Pensei que, com esse presente, ela... pois... é... cedesse. Vamos lá."
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