(João Soares Neto)
Andava pelos corredores (?) do Shopping Benfica, após o almoço, em busca do subsolo, onde se guardam os carros. Mais uma tarde de leituras pela frente. Assim tem sido minha rotina. E imaginava se me veria de novo com o velho Machado – não consigo viver sem ele – ou se recorreria a um de meus contemporâneos, daqui do Ceará, de outros brasis ou de bem longe. Pensei em Airton Monte e seu Bailarinos, cujo lançamento se dará no começo de setembro. Ora, como poderia ler um livro que ainda não existe para mim? Poderia ler Luiz Ruffato, que nasceu em Minas, mora em São Paulo e publicou há pouco Estive em Lisboa e lembrei de você. Mas a obra me foi surrupiada por um amigo: “Lerei hoje; amanhã mesmo devolverei.” Faz dois meses que ouvi a frase. Poderia ser, então, a francesa Catherine Millet, de A Vida Sexual de Catherine M. Não, não poderia ser, porque aquele amigo (dos livros alheios) também me levou Catherine, naquele mesmo dia.