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quinta-feira, 24 de julho de 2008

Sossego (Pedro Du Bois)





















Posto em sossego duplico dúvidas.
Realizo o sonho de estar sozinho. Prospero
a idéia de estar perdido. Evoco o vento
sobre o telhado e me deixo ao ínfimo:


sou da perda o compasso riscado
em geografias. Passo em gestos
o destino em consideração a morte
abstraída ao amanhecer.


Em sossego esqueço o fogo: queimar
o corpo na lentidão da entrega. Afeição
e afeto. Discreto, sigo o caminho.


A solidão me objeta a presença e da imagem
não percebida o sossego me amedronta
em impessoalidade e desprezo.
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