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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Soneto (Ailton Maciel)

A Altamir Xavier



Palerma, sem escrúpu1os, pedante,
trêfego, com trejeitos pueris;
metido a gente sábia e importante,
com acervo demais em seus quadris!


Doente de acoria, intolerante,
ao olhar-se no espelho tão feliz
parece até uma miss debutante
com traços de fútil meretriz.


Fala demais. Rebola sem cessar,
canta fino, e aos domingos vai orar
na capela. É doente de acrania


e de acédia. Há dez anos que estuda
mas da série primeira nunca muda.
É cheio de desgosto e hipocrisia!
Fortaleza. 9/2/65
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