Tudo o que vejo agora
são paisagens negras,
árvores mortas e flores secas,
nuvens cinza que usurpam meus olhos,
corpos estranhos que se movem inexplicavelmente.
Tudo o que vejo agora
é a terra morta que paira nos meus olhos,
é o sentimento amargo que corrói
vários peitos ignominiosos,
é o beijo falso que beija bocas
como se beijasse vermes.
Tudo o que vejo agora
é tudo o que não quero ver,
são esses olhos negros
e esses braços içados, marciais,
são esses peitos que arfam
prazenteiros a morte que os almeja,
são essas bocas pornográficas
a vomitarem palavras podres,
são amores falsos,
verdades tortas,
retas circulares,
luzes apagadas,
são meios-homens
que amam meias-mulheres,
paixões violentas
que destroem mundos,
demência coletiva
que cultiva a tortura,
sorrisos cínicos
que seduzem os miseráveis.
Tudo o que vejo agora
é a mentira da paz utópica e bélica,
é a falácia ruminada de ancestrais
que se fizeram deuses
para que a história os fizesse imortais.
/////
são paisagens negras,
árvores mortas e flores secas,
nuvens cinza que usurpam meus olhos,
corpos estranhos que se movem inexplicavelmente.
Tudo o que vejo agora
é a terra morta que paira nos meus olhos,
é o sentimento amargo que corrói
vários peitos ignominiosos,
é o beijo falso que beija bocas
como se beijasse vermes.
Tudo o que vejo agora
é tudo o que não quero ver,
são esses olhos negros
e esses braços içados, marciais,
são esses peitos que arfam
prazenteiros a morte que os almeja,
são essas bocas pornográficas
a vomitarem palavras podres,
são amores falsos,
verdades tortas,
retas circulares,
luzes apagadas,
são meios-homens
que amam meias-mulheres,
paixões violentas
que destroem mundos,
demência coletiva
que cultiva a tortura,
sorrisos cínicos
que seduzem os miseráveis.
Tudo o que vejo agora
é a mentira da paz utópica e bélica,
é a falácia ruminada de ancestrais
que se fizeram deuses
para que a história os fizesse imortais.
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