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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Exílio (Pedro Du Bois)




No exílio de mim mesmo

passeio tranquilas saudades

em parques verdejantes. Viajo florestas

e mares. Estou na solidão da espera:

avisto navios ao longe.

Não tenho curiosidade em aportar

ao marujo e pedir noticias.

Não é minha hora de chegada.

Retorno na calmaria: ondas

maravilham a terra escorraçada,

meu corpo ilhado em pedras.


Chegar é mistério atravessado ao fio

do desencontro.


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