(Night and Sleep (1898), Evelyn de Morgan)
Em estado de algofilia...
Só tem explicações para tudo
Aquele que não vive nada!
Emoção confusa,
Mente obtusa
Em campos de concentração.
A imagem candente serpeia imprudente
No seu instante ocular.
Combalida, sofrida, esquecida
E inconstante em seu arfar,
A visão impudente
De sua vida celulada
Compõe a terra azul,
Fogosa em seu abrigo,
Ao cigarro amigo,
Ao vinho de caju.
Desaparece a sua fragrância no espaço...
Seus ensaios, em circunlóquio,
Reportam-se em beijos no mar.
Mundo desnaturado, morto de vidas, desencantado.
Caíra no chão pela última vez a voz
O coração sangrando sucumbe a só
A ilusão do pulsar que irradia.
Caíra no chão e pela ultimenésima vez a voz vocifera
Calara a quimera, mal que impera na dor que ardia.
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