Nilto Maciel
A crônica “Anita e a mulher dos sapatos vermelhos” teve mais de 130 leitores (nas primeiras horas do dia de sua publicação) e recebeu alguns comentários (apostos depois da última linha da peça), assinados por Anésia (não sei o sobrenome), Carmen Presotto, Cláudio B. Carlos, Claudio Parreira, João Carlos Taveira, Jorge Antunes (maestro, compositor e escritor), Pedro Du Bois, Ronaldo Monte e Wilson Gorj. Além destes (enviei agradecimentos a cada um, como é natural), outros leitores me enviaram mensagens, que transcrevo aqui (seguindo a ordem de chegada).
Do poeta Carlos Nóbrega: “Crônica, essa coisa palpitante que você escreveu? Crônicas não palpitam, crônicas a gente lê, contos a gente sente... Eu a (o) senti como um conto, e dos ótimos. Abraço. Nóbrega”.
De um jovem escritor: “Belo texto, Nilto. Abraços. Bruno Gaudêncio”.
De Willian Novaes, da Geração Editorial, que publicou o livro: “O texto ficou muito bom. Parabéns. Abc. Willian”.
Do escritor Franklin Jorge: “Grato, amigo. Vc sempre na batalha! Um estímulo para todos nós que escrevemos. Franklin”.
Do contista e cronista Pedro Salgueiro: “Nilto, você é um mestre também da crônica. E o melhor, desenvolveu um estilo todo seu e vai cada dia melhor nele. Convence pra caramba! E vc tem razão: o umbiguismo é uma praga que nos assola, por mais que tentemos (os não bons cronistas, claro) não fugimos dele... Vejo quando nos outros, mas faço a mesma coisa rsrs. É uma praga, e vc desenvolveu uma forma criativa e não pedante de fazer isso disfarçadamente, né? Que é o que almeja o bom escritor... Parabéns pela crônica e pelo blog, todo dia leio! Abço! Pedro Sal”.
De outro jovem escritor: “Amigo Nilto. Muito divertida sua crônica. Ou seria conto? Ou seria um relato de experiência frustrado com um toque psicanalítico? Bem, como diria um personagem do romance O Fantasma, de Castello, "Se as palavras não servem para nada, ao menos ocupam o lugar daquilo que poderia servir." P. S.: Assisti à sua entrevista ao pessoal da UNESP. Robson Ramos”.
De Carlos Herculano Lopes, autor do livro que serviu de mote para a elaboração da crônica: “Meu caro Nilto, há quanto tempo, amigo? Depois de ler o texto tão generoso que você escreveu sobre A mulher dos sapatos vermelhos, só me resta dizer: muito obrigado, e pedir seu endereço, para que eu possa te enviar meu romance Poltrona 27, que acaba de sair pela Record. Um grande abraço, Carlos Herculano”.
Do escritor Ronaldo Costa Fernandes: “Nilto, parabéns. Se quiser nos dar o prazer de sua visita: http://ronaldocostafernandes.blogspot.com/ Abraço. Ronaldo”.
Do escritor Francisco Miguel de Moura: “Nilto, sua crônica é sobre crônica, sobre livro, sobre mulheres: metapoética, metaliterária, metartística. Há algumas delas que dá vontade de ler uma segunda vez, sentir, sentir e sentir. Ler é comer. Alimenta. Se os personagens são mulheres – para nós machos – melhor ainda, no sentido de que reúne o útil ao agradável. Certa vez, um velhote em Salvador, me dizia que não gostava de homem, saía de perto, fosse na rua ou no ônibus. Espantei-me. Faltou-me ciência. E depois pressenti que as mulheres também são assim: seu interesse maior é pelo sexo oposto. Somos bipartidos. Estamos sempre em busca da outra parte. Conjuguemos os gêneros na crônica. É assim "O menino quase perdido", meu novo livro. Vou te mandar em breve. O menino vai até adolescente. A obra tem um pouco de crônica, outro tanto de conto e arremata como se romance. Abraços fraternos. Chico Miguel”.
Não há nenhuma crítica, nenhuma admoestação, nenhum puxão de orelha. Porém, estou de oiças atentas a eles ou elas. Não me zangarei nem com insultos. Tais como: “Deixe de ser pedante!”; “Vá aprender a escrever”. Ou lições: “Isto não é crônica”; “Para fazer crítica literária é preciso conhecer teoria literária”. Sou aprendiz de cronista. Sinto-me do mesmo tamanho do capim ralo, que conhece de perto o roçar das formigas e o pisar dos bichos e dos símios que desenvolveram a fala e a escrita. E das árvores de porte médio, que dão sombra, servem de ninho aos pássaros e dão frutos. Só me sinto pequeno diante daquelas árvores enormes que nasceram antes de Pedro Álvares Cabral e estão a ver e ouvir estrelas há centenas de anos.
Muito obrigado a todos pela leitura e pelos comentários.
Fortaleza, 18 de fevereiro de 2011
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