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sábado, 21 de maio de 2011

Vidráguas (Carmen Silvia Presotto)



Porque chove…


Tudo é água


que empoça e embacia


Tudo é lágrima


que sublima, condensa e lava


Porque choro…


Chovo mais que o céu


Transbordo-me


Parto palavras como se ossos se liquifizessem


Porque chove…


Versejo em gotas de ilusão


Espanto as horas mormacentas


Granito janelas na rua


Porque chove…


Salpico meus pesadelos


Nessas vidráguas, encontro a poeta


Brindamos vidros com água


Uma de nós ganha liberdade.

http://www.vidraguas.com.br/

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