O vento enrola novelos de cisco
que escaramuçam no terreiro
Sapos roncam porongos
num chimarrear mais sem fim
Cuscos na proteção dos galpões
dedilham invisíveis cordas
para a dança do pulguedo
Chinoca fechando portas
janelas
e chamando o piazedo pra dentro
Pingos grossos num zás
começam a tamborilar no telhado quente
É de azinhavre o beijo que sorvo
no bocal da bomba...
No revirar das cinzas
a alma encarnada do borralho
São velhas
loucas
as tormentas de setembro...
(Do livro “Memórias do Jirau”)
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