(Musas dançando com Apolo, de Baldassarre Peruzzi)
São tantas metáforas
Que se fazem aos caminhos,
Que andar nem é tino
É alegoria de mirar.
Caminho, camino, caminno,
Senda, sendero, chemin,
Caminito, trilha, vereda,
Serventia de andaluzes.
Lâmpada, lamparina, archote,
Lanterna, tocha, fósforo,
Única brasa que seja,
Quanto mais raio, corisco.
Lua, estrela, via láctea,
E ainda que seja a noite, nua,
Espesso breu dos navegantes
Faíscam pedras nos cascos os rocinantes.
E que aos mortos não se neguem lumes,
Pois morrer será a própria eterna treva.
Que se lhes acendam velas, candelabros,
Fileiras ardentes, vigílias de castiçais.
Mas, mais que todas as luzes acesas
São os olhos das musas os grandes sinais,
A nos guiar qual do sol as labaredas,
Pois facho maior que do amor não há farol.
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São tantas metáforas
Que se fazem aos caminhos,
Que andar nem é tino
É alegoria de mirar.
Caminho, camino, caminno,
Senda, sendero, chemin,
Caminito, trilha, vereda,
Serventia de andaluzes.
Lâmpada, lamparina, archote,
Lanterna, tocha, fósforo,
Única brasa que seja,
Quanto mais raio, corisco.
Lua, estrela, via láctea,
E ainda que seja a noite, nua,
Espesso breu dos navegantes
Faíscam pedras nos cascos os rocinantes.
E que aos mortos não se neguem lumes,
Pois morrer será a própria eterna treva.
Que se lhes acendam velas, candelabros,
Fileiras ardentes, vigílias de castiçais.
Mas, mais que todas as luzes acesas
São os olhos das musas os grandes sinais,
A nos guiar qual do sol as labaredas,
Pois facho maior que do amor não há farol.
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