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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O homem desoriental - VII (Mariel Reis)



 (Henri Matisse, A alegria de viver)



Ela desperta do sono
Coberta de pedrarias invisíveis
Vestida com a túnica sutil
Do meu desejo.

Os seios apontam para o horizonte
Com a ânsia de expandir-se;
O ventre de penugem escassa
Uma larga planície.

Lá semeio meu tesouro.

Ela desperta do sono
Coberta pela gaze fina,
As partículas do dia
Intrometem-se em sua pele.

O sol vem para sua companhia
Enquanto despede-se do resto de sono;
Ela brilha como as pedrarias invisíveis
Que lhe recobrem a nudez – sua única veste.

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