Meu caro Nilto,
Se teu primeiro livro era “mirrado, de poucas
páginas, capa de causar espanto, sem abas, cheio de erros tipográficos”, isso
nos idos de 1974 [p. 177], impressiona o quanto de escrita a esse mirrado livro
primeiro se juntou. A mim ao menos impressiona. Essa verve leitora-criadora de
mundo (do mundo) que tens e que brota (o preto do signo gráfico no branco da
página) a cada novo livro. Poderia mesmo confessar uma boa inveja dessa verve
que não cansa.
Parabéns por mais essa bonita escritura. Tão bem
cuidada. Tão bem intitulada: “Quintal do dias” é mesmo título de alma
observadora, dessas que sabem captar o desfolhar dos dias que nos rodeiam (e
nos consume, nos fina e finda, afinal de contas) ao mesmo tempo que sabe
olhar-se a si (passe a redundância) e pacificar esse desassossego em escrita.
Muitíssimo obrigado pela gentileza da partilha de
teu “Quintal dos dias”.
Grande abraço,
Dércio
/////