Mal pulava da cama, já os joelhos de Hélio se acomodavam ao frio do chão. A mulher, Selenita, dormida, resmungava advertências. Aquilo não havia de fazer bem. Pneumonia pegava um cristão pelo pé e só largava com reza de padre velho. As imprecações do tipo “me deixem em paz” ou “éguas paridas” saíam como ave-marias cheias de graças, dedos ligeiros ao redor das contas do terço. Os olhos do devoto, grudados de sono, miravam o Eterno pregado.
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terça-feira, 17 de janeiro de 2006
A poesia de Sérgio Campos (Nilto Maciel)
(Sérgio Campos)
Estreou Sérgio Campos com A Casa dos Elementos, em 1984. É um livro de odes e outras formas poemáticas. Há uma ode ao Mar, com epígrafe de Pablo Neruda. Que poderia ser de Píndaro, pois Sérgio Campos demonstra ser lido do oriente ao ocidente, do clássico ao contemporâneo. A segunda ode é à Terra, com epígrafe de Ernesto Cardenal. Poema ao mesmo tempo lírico e político: “Terra, / os homens lotearam / teu chão: / a poucos, sim; / a muitos, não”.
Na ode ao fogo homenageia Ferreira Gullar e todos os fogos: o primitivo, o dantesco, o bíblico, o fátuo.
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