Por volta da sexta década do século XIX, centúrias após as primeiras utopias e mentiras que apresentavam como cenário a América, Pedro Théberge, num livro precursor, Esboço Histórico Sobre a Província do Ceará, historiou a vida da então província do Ceará e, a par disso, teceu algumas considerações humanísticas a respeito do já extinto índio cearense. A primeira dessas observações revolucionárias, muito embora tenha feito o autor uma dedicatória a D. Pedro II, esclarece: “Todas elas (as tribos que habitavam o Ceará) desapareceram com-pletamente, ou pela perseguição dos invasores ou pelos efeitos de nossa civilização que não convinha à sua natureza, ou enfim pelas moléstias epidêmicas que lhes trouxemos da Europa, como a bexiga, o sarampo e outras que os dizimou (sic) repetidas vezes”. (1)