(Nilto Maciel, ao lado de ChicoMiguel de Moura, à esquerda, em Havana)
As asas de Ícaro, filho de Dédalo, criatura de Ovídio, eram pregadas ao corpo com cera de abelhas; as do Ícaro do “Navegador” deveriam sê-lo com cera de ouvido, para não fugir da utilização de substância idêntica em idêntica finalidade. Assim, com ceroma e com cerume a lhes suster o órgão principal do vôo, os avoadores precipitaram-se da Serra de Baturité, um rumo ao Nordeste e o outro ao Centro Oeste. O primeiro confundiu o azul do mar com o azul do céu e suas penas molharam-se, virando espuma do mar. O outro atingiu o centro do mapa.
Antes do voo, tanto o Ícarozão quanto o Ícarozinho estiveram envolvidos com os “Guerreiros de Monte-mor”. Haviam partido da “Estaca Zero” acossados, depois da tentativa homicida com o “Punhalzinho cravado de ódio”, isso em decorrência da intriga gerada n’"A Guerra da Donzela". Foram verdadeiros “Tempos de mula preta”! À toa, vagabundavam numa busca à-toa de “Itinerário”. Até que “O cabra virou bode”, não com medo do “chupa-cabras”, mas para enfrentar “As insolentes patas do cão”. Cão cão, não cão dos infernos. Em seguida, já tranquilos, meteram-se entre “Os varões de Palma”.