O Autor Penetra os Labirintos de Nossa Memória Ancestral
A prosa de Nilto Maciel, cada vez mais, encaminha-se para uma estrutura, cuja elaboração vai nutrir-se dos elementos semânticos que a vida nos oferece, com seus absurdos, suas imagens, seu surrealismo e suas locações fantásticas. Uma linguagem permeada de signos, de uma certa tendência barroca, explorando com rigor estético realidades humanas não circunscritas ao universo comum, concreto, plausível, cabal. É na ultrapassagem metafísica da nossa condição que está a matéria e substância dessa escritura. Lá nos conflitos interiores, nas viagens sub-reptícias da imaginação, no além-fronteira da nossa existência retórica que Nilto Maciel constrói sua ficção, extraindo de tudo o inusitado, o conflituoso, o incomum, o mágico, o inesperado.