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quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Babel (Silvério da Costa)


Trata-se de mais uma dádiva do desmedido talento deste contista que nos surpreende a cada novo livro que edita, com sua forma inconfundível de narrar os fatos do cotidiano, da vida, do mundo e do submundo, com todas as suas quizílias e espantos!

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

O livro de Pedro Amaro (Nilto Maciel)



Sentia-se tonto, o mundo todo de pernas para o ar, feito barata emborcada, a remexer-se em agonia de moribundo sem vela. As palavras perdiam a conotação lógica dos textos regulares de uma lei, tratado sobre a natureza humana, curso dos rios. Via-se lendo a macabra língua dos mitos. O chão virava teto, a cadeira pregava-se como aranha às vigas de uma teia de circo, as linhas proféticas das mãos metamorfoseavam-se em desenhos misteriosos de capas clássicas.