Como se não lhe fosse possível entender que um dia o silêncio se apossa para sempre de mudos e tudos, Chico Maneta deu bom-dia, arrastou um tamborete para mais perto de Quinca Manco, sentou-se e pôs-se a recontar casos tão antigos e esquecidos que quem os ouvisse certamente pensaria tratarem-se de sonhos ou lendas.
Coberto de moscas, o corpo magro e quase nu do velho amigo parecia dormir, estirado na rede suja, sem varandas, tranças ou trancelins, e de punhos e mamucabas rotas.