Palma é uma cidadezinha cearense, fictícia, encravada nas dobras da Serra do Baturité. Cenário criado por Nilto Maciel para livre trânsito de seus personagens. Esse lugarejo é o protótipo da maioria das cidades que salpicam nossos sertões. Com seus problemas, seu folclore, seus esquemas de dominação e principalmente com seu poder arregimentador brotado do senso de cooperação existente no inconsciente coletivo. Neste clima, Nilto Maciel apresenta o pretenso rapto de uma donzela. A partir desse momento começam a acontecer episódios que vão do real ao fantástico.
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quinta-feira, 2 de novembro de 2006
A noite das garrafadas (Nilto Maciel)
A hora talvez fosse tarde. A janta, nem lembrávamos mais dela. Baião-de-dois, ovos, com tempero de coentro e cebola. Ou cuscuz com leite. Depois rezamos o terço, ave-maria cheia de graça, padre-nosso que estais nos céus, kyrie, eleison, atos de fé, esperança, caridade e contrição. Ajoelhados, cansados, eu pensei o tempo todo nas meninas da nossa rua. Só queríamos que aquilo terminasse logo e pudéssemos jogar damas, dominó, baralho.
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