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terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Reportagem (Nilto Maciel)



Há três dias na cidade, quase nada fizera, a não ser alugar a casa, conversar com o fotógrafo e andar pelas ruas. Puxava conversa com um ou outro, à cata de informações. Todos lhe fugiam. Os que não podiam fugir alegavam muitos quefazeres. Procurasse pessoas menos ocupadas.

Acordou, abriu os olhos. O sol já devia clarear tudo. Pôs-se a relembrar um sonho. Levantava-se, dirigia-se ao quintal. Onde andavam o galo e as galinhas? Lavava o rosto numa pia.

domingo, 3 de dezembro de 2006

Ficção e facção no romance de Nilto Maciel (Celestino Sachet)



Ao esconder informações mais detalhadas sobre sua obra, nas rápidas biografias que acompanham cada um de seus nove livros, Nilto Maciel parece proclamar tímida desconfiança na força da literatura ficcional que vem produzindo ao longo destes anos, que plantam uma presença de alta ponta no conto e no romance contemporâneo, embora a Crítica teime em esconder-se nos brilhos do Grande Centro ou do exuberante Seminário Internacional: Itinerário, contos, 1974; As Insolentes Patas do Cão, contos, 1991; Os Guerreiros de Monte-mor, romance, 1988; Tempos de Mula Preta, contos, 1981; A Guerra da Donzela, romance, 1982; Punhalzinho Cravado de Ódio, contos, 1986; Estaca Zero, romance 1987; O Cabra que Virou Bode, romance 1991; Os Varões de Palma, romance 1993.