Barra do Garças, 3 de dezembro de 1995
Compadre Guma
Faz tempo que não escrevo ao compadre. Quando o mês de dezembro chega e os primeiros cartões de Natal, enviados por amigos de longe, começam a lembrar antigas saudades, constatamos nosso débito em correspondência. Aproveito o domingo para ir saldando minha dívida com todos os lembrados e você é o primeiro.
Um motivo especial colocou o compadre no topo da lista. Passei a tarde de sábado lendo o livro que Nilto Maciel me enviou: Os Varões de Palma. Creio que a comadre Moema é de lá ou pelo menos os pais dela são daquela região. Da família Canindé. Pois o romance do amigo cearense, cinqüentão a partir deste ano, registra fatos daquele município, ao tempo do Intendente Felício do Rego, esposo invejado da cobiçada Perpétua.