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quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

A grande ave de rapina (Nilto Maciel)



Quase morri de espanto e medo, quando vi pela primeira vez a grande ave. Instintivamente deitei-me. Talvez por isso ela não deva ter visto a minha pessoa. Pousou lentamente, recolhendo as asas. Vagou a vista pela plantação e, a passos largos, dirigiu-se ao espantalho. Horrorizei-me: com duas bicadas violentas estraçalhou o boneco.

Parece um gavião, não fosse este tão pequeno. As pernas são de dois metros a mais. O bico figura tesoura de cortar galhos. Quando estende as asas lembra um avião.

Rosa gótica (Silvério da Costa)


Trata-se do Romance ganhador do Prêmio “Cruz e Sousa”, de 1996, que narra a(s) aventura (s) e desventura (s) da família Coqueiro, principalmente Lamartine, suposto tradutor, para o Português, do livro "O Romance da Rosa Gótica”, escrito por um tal de Charles d'Avignon, na Idade Média, mais precisamente entre 1245 e 1249.

O narrador, Victor Hugo, primo de Lamartine, na ânsia de esclarecer tal fato, mergulha num turbilhão de hipóteses, criando um labirinto digno de fazer inveja a Dédalo. Sair dele é a questão, mas até que o consegue fazer de forma airosa.