Estando a porta entreaberta, o arcanjo vagou a vista pelo corredor e, sorrateiro, passou ao quarto. Da janela escancarada vinha uma brisa suavíssima. A luz da Lua rebrilhava no leito. A princesa, deitada, dormia. E só então o arcanjo percebeu não ser de lençóis a alvura que o ofuscava. Era do corpo nu da virgem. Sentiu arrepios e voou até a janela. A Lua pareceu-lhe maior e mais radiosa. Junto aos muros do castelo, ladravam cães. Talvez assustassem ladrões. E nada mais parecia vivo àquela hora.
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sábado, 27 de janeiro de 2007
Vasto abismo (Francisco Carvalho)
A excelente apresentação de João Carlos Taveira sobre Vasto Abismo, conjunto de novelas de Nilto Maciel, não deixa margem para resenhas ou considerações de natureza periférica acerca dos valores essenciais das narrativas de que se compõe o mencionado livro. JCT analisa, com profundidade, o que acontece no plano submerso das narrativas de Nilto Maciel, de seus labirintos verbais, essa mistura engenhosa do erudito e do popular, os seus constantes apelos às vertentes da mitologia, da metafísica e do picaresco, além de outros fatores não menos significativos que interferem na construção da linguagem do autor.
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