Translate

sábado, 2 de junho de 2007

Pintando o sete na Bélgica (Nilto Maciel)





















(Esboço a lápis d'Os Pastores da Arcádia, de 1630, de Nicolas Poussin)




Há na “Casa de Benedito Moreira” uma escultura de Constantin Meunier. Consta, porém, ser do brasileiro a peça. Chama-se Homem cansado, e deve ser de 1891.

Na “Casa”, dirigida por Heloísa Moreira, bisneta do escultor cearense, estão alguns utensílios domésticos e objetos de trabalho usados e utilizados por Benedito. Sem contar esculturas e quadros tidos como de sua autoria. Os mais valiosos seriam uma estátua de Napoleão, um retrato de Darwin, máscara de Brahms. Os quadros parecem imitações de obras famosas. O mais estranho é copiarem pintores de todas as épocas: Hugo van der Goes e Grant Wood, Adriaen van Ostade e Toulousse-Lautrec, Hans Holbein e Paul Cézanne, numa miscelânea dos diabos.

O vinho branco (Belvedere Bruno*)



















Sentado na cadeira que pertenceu a várias gerações da família, faço o inventário de minha vida. O que fiz com ela? Percorri os caminhos que deveria, ou preferi atalhos? Aos noventa anos, já não tenho como modificar meus traçados, equívocos, rezas tortas...
Sozinho, miro o firmamento. O ser humano envelhece, se encarquilha, mas, se não houver a mão do homem, os cenários da natureza nunca se desfiguram.