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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sem duelos (Valéria Nogueira Eik)




















Desisti dos duelos quando compreendi a relatividade dos fatos e a finitude da vida.
Enterrei as armas antes de ser sepultada por elas.
Guardei as minhas verdades na alma para não perder meu coração.
Não me agrada ditar verdades. Mesmo porque, contrariando o nosso Einstein, elas são relativas.
Não me agradam os grupos. Prefiro a solidão dos pensamentos.
Também não me agradam as palavras ditas em altos brados. Gosto dos sussurros.
Não me agradam os finais de tardes. Aprecio a noite, o luar, o surrealismo das estrelas.
Também não me agradam conceitos. Prefiro a loucura que, por um triz, não se transforma em lucidez.
Acostumei-me a andar na corda bamba e sentir o fio teso da vida prestes a arrebentar.
Quando menos se espera ela termina. E todas as verdades caem no esquecimento.
Restarão as mentiras, intactas, pairando no ar, num renascimento incessante.

6/abril/2008
Maringá/PR
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sábado, 5 de abril de 2008

O texto literário de Tereza (Dimas Macedo)



Tereza Porto é uma poetisa sensível como poucas escritoras que conheço. Sabe as tessituras do amor e os vários silêncios da palavra, mas é a teia da solidão e do cotidiano aquilo que a faz senhora da matéria poética que vai arquitetando.