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terça-feira, 17 de maio de 2011

Trigueiro e a trilogia da confissão (Ivo Barroso)

(Transcrito do blog Gaveta do Ivo - Poesia & Tradução)


Carlos Trigueiro começou a ser notado como um dos nossos melhores contistas quando publicou, em 1994, 0 Clube dos Feios e Outras Histórias Extraordinárias, surpreendendo a crítica tupiniquim. Dominada até hoje por equívocos minimalistas, pornográficos ou ambivalentes, a contística nacional dava de frente com esse estreante “castiço” que sabia contar uma história em linguagem legível e com toda a maleabilidade histriônica que o gênero requer. E os contos – desse e de seus livros posteriores –, além do sabor natural da narrativa fluente, das frases de efeito (e até mesmo de algumas pedras de toque), comprometiam-se com um ideário e reflexões conjugados a uma fina ironia, os grandes trunfos da escola imune ao tempo de que Machado de Assis é o guru inconteste.

Ao meu lado (Inocêncio de Melo Filho)

Para Dênis Melo


Quando estás comigo


És mais menino do que homem


Não ignoro isso em ti


É o seu jeito de me dizer


Que és feliz ao meu lado.


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