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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Há mãos (Carmen Silvia Presotto)


A Nilto Maciel


 
Há mãos
que ao contar poemam
escrevem no tempo
libertam amarras
reúnem amizades
e dão às letras liberdade


Há mãos
que ao contar
amam no tempo em que vivem
e por isso, trabalham, dobram espaços,
lutam e transformam horizontes


Há mãos
que ao contar
são o sal da vida.

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http://www.vidraguas.com.br/
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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ungulani Ba Ka Khosa: a África que o Brasil não conhece (Adelto Gonçalves*)


I
Enquanto as universidades e editoras portuguesas e brasileiras, praticamente, só estudam e publicam autores africanos lusodescendentes – com as exceções de praxe, na área editorial, como a Editorial Caminho, de Lisboa, que tem tradição na área –, pouco se lê sobre romancistas, contistas e poetas africanos autóctones ou mestiços que utilizam a Língua Portuguesa como meio de expressão. E, no entanto, em poucos anos, se a Língua Portuguesa – a língua do invasor e do colonizador – quiser sobreviver no continente africano – e com ela todo o legado lusófono –, será mesmo dos autores autóctones que dependerá.