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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Gênesis e exit de José Bezerra Cavalcante (W. J. Solha)


(José Bezerra Cavalcante)

Primeiro:
Assisti, no Festival de Cinema de Brasília de 2002, a um filme de intensa beleza – “Desmundo”, de Alain Fresnot, fotografia de Pedro Farkas – no qual conheci o Brasil recém-descoberto, dotado de um idioma que exigiu legendas pra tornar o diálogo inteligível. Bem. Os bons poemas de José Bezerra Cavalcante, superpopulados de expressões datadas por Joaquim Osório Duque Estrada e José Pedro Xavier Pinheiro – como fúlvido, incunábulo, paramento, fulgor, cimalha, cincerro, ganga, cítara – remetem-me a uma época bem mais recente que a do Descobrimento, mas ainda não nossa: a da criação do Hino Nacional e da primeira tradução brasileira de “A Divina Comédia”.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Alçapões, milagres e bruxarias de Péricles Prade (Nilto Maciel)


(Péricles Prade)

Conheço a literatura de Péricles Prade desde a publicação de Os milagres do cão Jerônimo e Alçapão para gigantes. Sua obra é vasta e vem se acumulando ao longo dos anos. Não digo se enriquecendo, ou se aproximando da perfeição, pois não tenho instrumento para medir o assunto literário. Sou apenas um leitor passageiro dele. Assim mesmo, em 1994 escrevi um ensaio sobre a literatura fantástica no Brasil e dediquei uma fração à prosa ficcional de Péricles. Depois perdi o contato com ele. Em 2010, ainda morador de São Paulo, ele voltou a se comunicar comigo. Dia desses de 2011 (agora residente em Florianópolis), ele me enviou uns impressos. São belos artefatos de papel.