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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Encantamento (Inocêncio de Melo Filho)

Para Manoela Alcântara

 
Encontrei-a na ceia larga do delírio
Entre mistérios humanos e divinos
As pessoas se multiplicavam
Ao redor da mesa
Contemplando o pão e o vinho
Irmanando-se em cada olhar
Em cada sorriso
E em cada chamado.
Ficamos próximos
A felicidade nos saciou
Deixei-a com irmãos diletos
E me fui encantado
Levando na memória o ósculo
Que deixei na sua mão.
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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

João Carlos Taveira e o alçar das asas (Nilto Maciel)



(Poeta João Carlos Taveira, a dizer poemas)

Ao chegar a Brasília em 1977, eu conhecia de nome alguns escritores de lá. Os primeiros com quem me encontrei foram Nicolas Behr (ainda adolescente, cabelos longos, livrinhos mimeografados num saco ou mochila), Danilo Gomes (que me entrevistou para o Suplemento Literário Minas Gerais) e Salomão Sousa. Num segundo momento, como frequentador das reuniões da ANE (Associação Nacional de Escritores), como convidado (ainda não como associado), conheci Taveira e outros escritores mais antigos de Brasília, como Almeida Fischer, Joanyr de Oliveira e Anderson Braga Horta. Esses encontros se davam no bar Macambira, na Asa Sul, após as reuniões oficiais. Ao redor de mesas, bebíamos muito e falávamos de nós mesmos e de livros, além de trivialidades.