Aqui estou novamente sobre esse sofá macio e cheiroso depois de longo tempo vagando pelas ruas. Ainda fica mais gostoso quando me encosto no colo farto de Zuleica, a gorda, não a cabeleireira, magricela que me expulsou de seu salão por achar que eu afugentava seus clientes. Não entendi, sempre tive fama de bom companheiro. Voltei para as ruas.
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terça-feira, 6 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Barracão (Clauder Arcanjo)
Na calçada, a poça fétida de lama. Como porta, um madeirite velho; resto da obra da nova catedral.
Desde a entrada, chão batido. E o luxo de uma cadeira de balanço usada, picadeiro das aranhas, e dois tamboretes desconjuntados.
No mais, apenas outro cômodo: quarto, cozinha, despensa e banheiro. Quatro em um. Integração de espaço e pobreza. Sobre o fogareiro, um bule de café frio, borra da semana. Nas prateleiras tortas: sal, meio quilo de açúcar e duas latas esperançosas por feijão e farinha.
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