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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Os guerreiros de Monte-mor (Astrid Cabral)




Acabei de ler as proezas de seus guerreiros nativistas. Além da narrativa cheia de engenhosos lances, como o exército dos morcegos, a linguagem é sedutora. Eu, amazonense, filha de cearense por parte de pai e neta por parte de mãe, deleitei-me com um montão de palavras que me ressuscitaram a infância (só um terço do glossário foi novidade pra mim).

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Retornar ao que é perene e distantemente mais próximo de nós (Marco Aqueiva)


La poesia pone al hombre fuera de si y, simultáneamente,
lo hace regresar a su ser original: lo vuelve a sí.
El hombre es su imagen: él mismo y aquel otro. Octavio PAZ

O termo romancista distingue um escritor de obras ficcionais em prosa. Classificar uma obra como romance pode atender a uma disposição prévia, como aquela responsável por determinar a organização das obras literárias nas estantes ou gôndolas de uma livraria, porém desconfio que o termo romance não compreende mais que os esforços pragmáticos de catalogação comercial e bibliográfica, de livreiros e bibliotecários. A experiência literária supera qualquer arranjo ou presunção taxonômica, que é o que distingue um estudo cosmológico ptolomaico da cosmologia relativista. (E já estou a pôr a estrela à frente da luz em relação ao livro que pretendo brevemente comentar...) Efeito menos nocivo que a catalogação talvez seja admitir que romance faz alusão a um assunto geral, aplicado para todo escrito literário que não vem expresso em versos. É que toda tipologia – incluindo as mais elásticas e amorfas – deixa vácuos nos quais a realidade se move para ocupá-los. Ou, dito de outro modo, é mais comum do que se pensa que a configuração literária de um texto resista a lógica conformadora das teorias fechadas.